Startups brasileiras recebem grandes aportes em 2021 em meio a pandemia

As startups brasileiras parecem que estão em um rumo diferente de boa parte das empresas durante a pandemia. Enquanto muitos empreendedores fecharam as portas devido à crise econômica, parte das startups brasileiras conseguiu investimento em 2021 e, com isso, estão podendo se reerguer rapidamente.

O volume de dinheiro investido até maio de 2021 já representa  90% do total investido em 2020, o que sugere uma rápida recuperação em meio a tantos desafios econômicos.

Investimentos recebidos por startups brasileiras em 2021

Até maio de 2021 as startups brasileiras já receberam US$ 3,2 bilhões em investimentos, segundo os dados do Inside Venture Capital Report, produzido pelo Distrito Dataminer. Isso é aproximadamente R$ 16.809.280.000. Além disso, foram 261 negócios fechados neste ano, um volume quase três vezes maior do que na mesma época no ano anterior.

De acordo com a análise, até maio o setor que conquistou mais investimento foi o de fintech (abreviação para financial technology ou tecnologia financeira). Apenas esse setor já captou, em 57 aportes, US$ 1,1 bilhão.

O mercado de real state aparece na segunda colocação com US$ 825 milhões, em quatro aportes. Já retailtech, em 24 aportes teve US$ 632 milhões de investimento e aparece na terceira posição

Fusões e aquisições 

Os dados do Inside Venture Capital Report, produzido pelo Distrito Dataminer, também revelou o número de M&As (fusões e aquisições) realizadas até maio de 2021. Das 91 operações, 16 foram feitas em maio. Isso equivale a 53% do número de operações feitas em 2020 até o final do ano. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, ou seja, de janeiro até maio, enquanto em 2021 foram feita 91 operações, em 2020 contou com apenas 42 negócios fechados.

Esses números positivos estão entusiasmando especialistas. De acordo com a avaliação do managing partner do Distrito, Gustavo Gierun, a expectativa é de que até o final do ano as startups deverão ter pelo menos US$ 5 bilhões investidos

“Um mercado super aquecido, fundos capitalizados, tecnologia e inovação cada vez mais presentes nas grandes empresas. O movimento é muito bom”, afirmou Gustavo Gierun em coletiva de imprensa, que finalizou: “Um crescimento não só em volume, mas em número de transações, o que mostra que a indústria não está concentrada apenas naquelas mega rodadas”.

Deals Forecasting

Deals Forecasting, que está sendo usada desde dezembro de 2020 em fase beta, é uma novidade no meio. A metodologia visa mostrar ao mercado a maturidade das startups, em relação a rodadas de investimento. A ideia é colaborar para que as startups brasileiras recebam mais investimentos. Isso será possível porque a tecnologia vai indicar quais são as startups que realmente estão preparadas para receber o investimento.

Sendo assim, ficará mais fácil indicar os melhores cenários para as grandes corporações. Até o momento, 6 mil rodadas e 40 mil companhias já foram mapeadas pelo Deals Forecasting. “Transformar dados em inteligência. São informações importantes para organizar o mercado, compreender tendências e gerar insights”, disse Gierun.

A boa fase das startups brasileiras também foi identificada pelo Sebrae. Veja os dados.


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