A Ascensão de Startups em Meio à Crise

Investidores de startups revelam setores que podem se destacar em breve

Enquanto as grandes empresas tradicionais sofrem os abalos de uma crise financeira as novas startups surfam em uma onda de positividade.

Momentos de crise podem ser um campo fértil para o surgimento de novas ideias e oportunidades, uma vez que quando as ferramentas antigas estão ultrapassadas é o momento de se reinventar. É nesse cenário que, em grande parte, surgem diversas novas startups.

Uma startup é uma empresa jovem e inovadora, na qual um grupo de pessoas trabalha uma ideia diferente à procura de um modelo de negócios repetível (capaz de entregar sempre o mesmo produto/serviço em proporção quase ilimitada) e escalável (capaz de crescer exponencialmente sem que isso altere o modelo de negócio). Nascem de uma ideia disruptiva para solucionar problemas, agindo principalmente nas lacunas deixadas pelo antigo modelo de economia, como dificuldade com mobilidade urbana e custos elevados de serviços financeiros. Atreladas fortemente à tecnologia, veem na digitalização dos negócios um caminho traçado ao sucesso, uma vez que o hábito de resolver problemas com tecnologia e inovação já faz parte do cotidiano.

Em meio a um momento de crise espera-se que os recursos em geral estejam menos disponíveis e a economia mais retraída, entretanto nota-se ser isso válido para as grandes empresas, dentro de um modelo econômico tradicional, e não para as novas startups. Nesse cenário o acesso a capital e mercado se mantém para as jovens empresas, uma vez que a maioria é focada em B2B e as empresas necessitam de inovação. 

Por trabalhar com disrupções dos modelos antigos as startups vivem um ciclo paralelo de investimentos, descolando-se da crise. Ao passo que grandes empresas estão fechando vagas para o trabalho formal e reduzindo operações, impulsionando grandes taxas de desemprego, o empreendedorismo surge como uma alternativa promissora para investir em seu próprio negócio a partir de tecnologia acessível e uma boa ideia que vá tornar a vida mais prática. As crises costumeiramente promovem mudanças de comportamento, tanto para o investidor quanto para o consumidor, o que ratifica ser esse um bom momento também para algo novo.

Startups que nasceram da crise

Durante a crise econômica global de 2008 as startups encontraram um cenário propício, ampliaram-se intensamente e se mostraram como excelente alternativa. A exemplo temos Airbnb, Uber e Spotify.

Airbnb, fundado em agosto de 2008, é uma plataforma que une aqueles que necessitam de hospedagem e quem a tem para oferecer, desde quartos em uma residência até casas ou apartamentos inteiros. Com preços muito mais convidativos e economia compartilhada encontra-se como forte concorrente ao mercado hoteleiro.

Permeada de polêmicas a Uber é uma empresa de transporte privado que oferece uma alternativa ao serviço de táxi tradicional, entretanto com valor reduzido e atendimento diferente. Criada em março de 2009, funciona por meio de um aplicativo no qual se solicita um motorista com base na geolocalização.

Atualmente o serviço de streaming mais popular e usado do mundo, o Spotify surgiu em outubro de 2008 e oferece streaming de músicas de diversos artistas e gravadoras, podcasts e até mesmo vídeos. Possui versão gratuita, com algumas limitações, e versão paga, na qual se pode desfrutar de todos os serviços completos.

Tratando-se da realidade brasileira, tivemos em 2008 o princípio do que seria um crescimento exponencial do interesse e investimento nesses novos empreendimentos. Em 2012 o conceito de startup começou a ganhar força no Brasil, mas foi em meio à crise de 2014 que houve uma explosão na criação de novas empresas (principalmente em uma disseminação fora do eixo Rio-São Paulo). É o caso, por exemplo, da empresa pernambucana Acqio.

Sendo a maior rede de franquias de maquininhas de cartão do mundo a Acqio nasceu em 2014 e oferece soluções de pagamentos eletrônicos de cartões de crédito e débito por meio de equipamentos POS (WiFi e GPRS) juntamente a atendimento e orientação presencial para os lojistas e, com isso, cresce a passos largos.

Num geral, costumamos ver as crises como algo terrivelmente negativo, mas no que diz respeito aos novos empreendimentos é um momento de positividade, abrindo espaço para as startups e uma nova forma de pensar o mercado e a economia.


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