Igor Senra um dos fundadores da fintech para pequenas e médias empresas, deu uma entrevista para a revista Pequenas Empresas Grandes Negócios. Durante a conversa, ele revelou alguns erros que cometeu ao abrir a sua primeira empresa.
Anteriormente, Senra foi um dos fundadores da startup de meios de pagamento Moip, negócio que acabou sendo vendido em 2016 para a Wirecard em 2016. Veja os quatro erros que ele destacou dessa primeira empreitada no mundo dos negócios.
Deixar boa parte da empresa para investidores
O primeiro erro citado por Senra foi deixar uma grande parcela da Moip disponível para investidores e receber pouco por isso. Segundo ele, o valor investido foi mínimo, quando comparado ao que o investidor recebeu.
Com boa parte da empresa nas mãos de outras pessoas, o retorno financeiro não chega como o esperado e novas conquistas acabavam comprometidas. Além disso, novas captações, que são muito importantes para que uma startup progrida e cresça, acabaram se tornando inviáveis.
Por isso, ele sugere que o empreendedor nunca deixe mais do que 30% da empresa nas mãos de investidores.
Limitação de caixa
Dinheiro não é o forte de startups que estão começando e, segundo Senra, esse caixa limitado fez com que ele e seus sócios tomassem decisões que não eram as mais adequadas.
Sem recursos, acabaram montando um time júnior, mal remunerado. Isso fez com que muitos colaboradores não ficassem muito tempo na equipe, o que acabou comprometendo o desenvolvimento da empresa. Na nova empresa, eles contam com profissionais novos e experientes.
Não saber qual a cultura da empresa
Para ele, a cultura da empresa é a maneira como a instituição se comporta, quando não está sob nenhum holofote. Isso deve ser mantido durante o crescimento e desenvolvimento do negócio.
No entanto, quanto mais o negócio cresce, mais difícil é manter a cultura da empresa. Isso acaba diminuindo a interferência dos fundadores na cultura e, segundo o empresário, esse foi um erro cometido em sua primeira startup. Eles só compreenderam a importância da cultura da empresa quando ela já tinha mais de 300 pessoas contratadas.
“Passaram a ser rotineiras tomadas de decisão dentro da empresa que os fundadores desaprovavam. Era o sinal de que algo estava ruim”, conta Senra.
Organizar a estrutura de RH no momento errado
Por fim, o último grande erro que o empresário relata ter cometido foi no setor de recursos humanos. Eles não tinham uma estrutura de RH e os profissionais do setor acabavam atuando mais com pagamento. Dessa forma, os contratados não eram alinhados com a cultura da empresa. Quando passaram a investir nisso, obtiveram um ótimo resultado.
E você, acha que cometeu algum desses erros em sua empresa? Comente!
