Mudanças trazidas pela pandemia

O isolamento social fez com que as pessoas se afastassem. Os encontros presenciais já não acontecem mais e a vida, do nada, foi invadida por telas de tamanhos diferentes. Do dia para a noite, as pessoas precisaram aprender a usar diversas plataformas virtuais como  Zoom, Teams, Google Meet, entre outras.

Muitos, nunca tinham ouvido falar em nada disso e precisam começar a usar todas essas alternativas para poder trabalhar. Afinal, elas tornaram-se essenciais para interagir com colegas de trabalho, reunir a equipe e até conversar a família.

Jorge Tarquini, o curador do #Trendings, comparou esse momento à cena inicial de “2001: Uma odisseia no Espaço”. “Como os primatas que encontram o monólito”, definiu em sua opinião sobre a mudança.

Outra curiosidade elencada por ele, no texto “Big Brother do home office”, é de que no início de tudo, era comum as pessoas se arrumarem apenas na vestimenta de cima para as reuniões, enquanto usavam bermudas ou até calça de pijama. Isso gerou uma certa curiosidade, relembrou Jorge. No começo, todo mundo ficava querendo saber se os colegas estavam arrumados, como se estivessem na empresa, ou se vestiam pijama por baixo das roupas de trabalho.

No entanto, Tarquini destaca que essa diversão logo perdeu a graça e “tudo ficou congelado pelas fronteiras delimitadas pelas telas”. Além disso, avaliar a linguagem corporal ficou praticamente impossível, já que pelas telas, todo mundo aparece praticamente na mesma posição.

Afinal, quando são usadas as ferramentas online as pessoas se preocupam com o enquadramento. Isso faz com que o restante do corpo não possa ser visualizado e com que a linguagem corporal fique indecifrável. Tarquini também destaca que ninguém mais age naturalmente durante os encontros virtuais. “Até para coçar o nariz, o que você faria normalmente numa reunião presencial, vira um pânico”, exemplifica.

Embora essa tenha sido a única maneira encontrada para que a vida seguisse durante o isolamento social, Jorge acredita que esse tipo de interação é mais cansativa para o corpo. Segundo ele, as pessoas praticamente “brincam de estátua”, pois se realizarem movimentos bruscos, saem da tela. Além disso, sempre se cobram para ficar atento a cada palavra dita, na tentativa de não parecer desrespeitosos. Essa necessidade acaba cansando, ainda mais, a mente.

Quando comparado a um momento presencial, ele lembra que em uma reunião a pessoa pode se movimentar na cadeira, coçar o nariz, desviar o olhar, sem que ninguém note. O mesmo não acontece no mundo das telinhas, no qual qualquer feição diferente no rosto é percebida.

“Fora que todo mundo está em “zoom”, num mesmo plano de imagem. Se isso, por um lado, quebra hierarquias, por outro gera a tensão de todos estarem na “berlinda” o tempo todo”, conclui.

Para ele, as pessoas querem voltar a serem completas e não apenas avatares que aparecem online. E para você, como isso está funcionando? Conte pra gente nos comentários!

Fonte: https://trendings.com.br/ponto-de-vista/big-brother-do-home-office/


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