Levantamento também mostra que 72% estão preocupado em como conseguir novos clientes. Investimento em novos produtos e concorrência com mercado imobiliário podem ser alternativas
O compartilhamento de serviços não é mais uma tendência mundial, a economia compartilhada veio para ficar. Mesmo abalado pelos reflexos da pandemia, o mercado de Coworking – que vinha crescendo significativamente no Brasil -, pode se valer da principal mudança causada justamente pela crise: o trabalho remoto.
Com o objetivo de unir os proprietários de coworking para entender o mercado atual, a CWK Coworking realizou a pesquisa “Covid-19 x Coworking”. O levantamento mostra que, apesar de 74,4% dos espaços compartilhados terem sido impactados com perda de receita por causa da crise do coronavírus, 67% está otimista para uma recuperação gradual no segundo semestre.
A pesquisa inédita – que contou com a colaboração de 336 empresários brasileiros – revela que para um terço dos empreendedores, já falta capital de giro e aponta que 54,5% dos entrevistados perderam, no mínimo, 30% de receita. Para 72,3% dos participantes, a maior dificuldade é conseguir clientela. Como é possível, agora, não apenas manter o negócio, mas ampliar o número de clientes?
“Para enfrentar este novo cenário será preciso sair do casulo da mesmice e reinventar um modelo que não dependa apenas da oferta de mesas de trabalho, mas sim com o investimento em produtos como escritórios virtuais e salas individuais”, prevê Bruna Lofego especialista em coworking e proprietária da CWK.
De acordo com a especialista, o momento é de reavaliar estruturas e rever contratos, além de observar como o usuário se comporta. “Muitos vão querer trabalhar de forma remota, mas não em casa. A questão do contrato a longo prazo também deve ser revista, pois o período ainda é de incertezas”, argumenta.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego no Brasil atinge 12,7 milhões de pessoas. Pesquisas indicam que o pós-pandemia deve fomentar o empreendedorismo de oportunidade, que significa a possibilidade de se alcançar a independência no trabalho ou aumentar a renda mensal. Trabalhar em um espaço compartilhado pode ser uma ótima saída para quem ficou desempregado nos últimos meses por causa da crise do novo coronavírus ou mesmo para quem viu o rendimento mensal de seu negócio reduzir ou até zerar.
Além de oferecer segurança aos coworkers a partir dos conhecidos protocolos de Saúde, entre outras adaptações, os espaços devem investir, principalmente, em melhorias nos sistemas digitais para trabalhos remotos e reuniões virtuais. “É preciso tirar proveito do trabalho remoto, que é bem diferente do home office. O coworking é a melhor solução para empresas e empreendedores voltarem rapidamente ao mercado, já que, entre outros benefícios, há redução de custos e burocracia para se ter um endereço comercial, por exemplo”, comenta a especialista.
Sobre Bruna Lofego: CEO & Founder da CWK Coworking e criadora do método “Coworking de Sucesso”. Entusiasta do segmento de escritórios compartilhados no Brasil, desde 2010, já implantou franquias pelo país e foi consultora em cerca de 100 projetos de implantação de coworking. Reconhecida pela mídia nacional como a única especialista em coworking do país, tem se destacado por se posicionar a favor do empreendedor que pretende investir na área, com dicas e métodos exclusivos que projetam a sustentabilidade do negócio. Atualmente, possui mais de 500 alunos inscritos em seu curso de treinamento online.
fonte: https://www.segs.com.br/seguros/242351-pesquisa-inedita-revela-que-67-dos-donos-coworkings-estao-otimistas-na-retomada